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[domingo, setembro 26, 2004]
Adiante... Meu namorado, que tem a capacidade impressionante de ser um guia dos curiosos ambulante, me disse um dia desses que meu blog ia acabar entrando naquelas estatísticas que dizem que sei-lá-quantos % (entenda-se "sei-lá-quantos" como bastante) dos blogs são abandonados nos primeiros meses de existência. Já que sou péssima em decorar essas coisas, também não sei dizer o tempo exato descrito na maldita estatística, mas ele com certeza vai dizer os números certos por mim. Acho que só para contrariar essa idéia - ou adiá-la temporariamente - resolvi dar as caras por aqui, no sentido conotativo, naturalmente. Talvez eu precise de um estímulo novo, como (principalmente) mudar esse template rosa irritante (embora não esteja sequer conseguindo atualizar os links), para voltar a me dedicar decentemente a escrever alguma coisa que preste. Aceito sugestões que possam ajudar a renovar o meu ânimo "blóguigo", por assim dizer. (Esse estado de ânimo não se refere só a internet, claro, se generalizou por muitas outras áreas.) Quanto a todas as hipóteses que possam ter sido levantadas sobre o último post: eu estou bem. Posso estar parecendo um tanto diferente - vai ver que é por que eu estou mesmo! * risos* Mas isso não precisa ser ruim, né? Apenas significa que estou pegando um novo ritmo na vida e não se pode fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos, com o perdão da analogia pobre. Não estou sendo nada radical, afinal, estou fazendo mudanças sutis que caminhem com a velocidade do meu pensamento e principalmente de acordo com a minha necessidade de ter alguma organização antes de começar a fazer tudo. Mas confissões obsessivo-compulsivas à parte, estou desanimada e desapontada com algumas coisas, uma leve preguiça - muito construtiva em determinados aspectos - vem me pegando, mas ainda continuo amando demais algumas coisas para desistir delas. Encontrar o equilíbrio nisso tudo deve ser a chave. Quando vejo tudo mais claramente, consigo ponderar o que é importante suficiente para ser levado adiante e o que não é. Mesmo por que infelizmente não tenho clones para dividir tarefas comigo, o que dificulta muito ficar gastando tempo demais com baboseira. Apenas tempo demais, não algum tempo. Deixarei os recados para a próxima. Aos ovos que sobrarem, felizardos serão. That´s all folks. [sexta-feira, setembro 17, 2004]
A razão pela qual não tenho escrito aqui ultimamente é muito clara para mim, embora não deseje compartilhá-la no momento. Custa-me escrever mais que um ou dois parágrafos. Muitas coisas aconteceram, é verdade. Muitas delas poderiam estar aqui. Elas me tomariam um livro. Mas tais coisas sabem que não merecem ser ditas e muitos dos que me conhecem o bastante saberão que prefiro assim também. Por que não há nada a ser dito que não tenha antes cruzado meu pensamento e por que um silêncio compreensivo é o melhor que posso esperar agora. Pensei em desistir de uma boa porção de coisas, quase num movimento generalizado. Mas percebi que a minha noção de lealdade, algo quase próximo da teimosia de uma mula, jamais deixaria que eu fizesse algo assim, pelo menos, não tão rápido. Ao longo da minha vida tive sérios problemas relacionados ao fato de sempre guardar a verdade para mim mesma, partindo do pressuposto de que meus problemas são meus e de mais ninguém (aliada a uma crença inocente de que os outros não seriam manipuláveis e que tenderiam inevitavelmente a ver o lado correto). Então ficava calada, enquanto as contrapartes gritavam, choravam, se lamentavam sobre seu sofrimento. Resumindo: ser um chorão, apesar de nada elegante ao meu ponto de vista, faz com que você pareça ter a razão. Não existe ditado mais certo do que quem cala consente. Por outro lado, me nego veementemente a bancar a vítima, evitando certos modelos familiares que me causam ânsia de vômito todos os dias, nunca perdendo a capacidade de me fazerem surpreender com a baixeza de certas atitudes. Mas isso é pura digressão, não faz parte do presente. E se não falo nada agora talvez seja por que não quero lembrá-las mais que o necessário e por que não estou com o espírito para tornar lamúrias dignas de riso. Poderia dizer algo de bom então, mas já notaram como a felicidade precisa de muito menos palavras para ser dita? Ela não precisa de justificativas. Falar da felicidade é já tirar-lhe um pouco da beleza. É correr o risco de tornar banal um sentimento tão complexo que necessitaria de analogias mil para se tornar alcançável pelo outro, e ainda assim, ele não o sentiria e sim a analogia. Isso me lembra uma vez que escrevi um texto sobre o assunto, para uma aventura de RPG precisamente. Não sei se alguém entendeu, mas me rendeu uma bela cena dramática. E se os outros jogadores não puderam responder a isso, pelo menos reconheceram que tentei discorrer sobre algo tremendamente difícil: É possível compartilhar a beleza do que se vive com o outro? (Mais que uma questão, isso é quase a essência do Yaoi, não acham? Ou pelo menos, é o que EU vejo. Toda aquela corrida para ficar próximo da única pessoa que, em um certo sentido, é capaz de ver o mundo pelos seus olhos... e amar isso. É o brilho de toda a crença romântica, e admiro intensamente aqueles que podem vivê-la) Se puder encontrar o papel onde escrevi, quem sabe um dia reproduzo o discurso aqui. Sinto falta daquele personagem, com quem não pude mais jogar. Não por que ele fosse simplesmente divertido, mas por ser a materialização (se é que se pode usar esse termo para algo fictício) de que o melhor de nós, inexpressível na realidade, acaba encontrando lugar na fantasia. Exatamente como escrevi no meu primeiro post. Infelizmente, estou longe de acreditar, ou até que alguém me prove o contrário, de que a realidade é minimamente capaz de realizar esse ideal. Sou cética, objetiva, e no momento presente, pouco de esperança me resta. Esta semana, ao dar entrada no meu diploma, acabei dando de cara com longas filas, apinhadas de pré-universitários confusos (a ponto de pedirem informações até para as colunas do lugar) e empolgados. Que irônico. Eu lembrei o dia em que eu mesma estive no lugar deles. Assustada, mas feliz. E tive que lembrar que cinco anos passaram desde aquele dia, antes de dar trela para alguns rapazes que não deviam ter mais que 17. E como trocaria com eles um pouco daquela confusão, uma confusão cômica, cheia de expectativas, com a minha, que infelizmente sei exatamente o que me espera lá fora, embora ainda não saiba o que fazer com isso. Pelo menos, esse é o ponto em que percebo que algumas coisas acabaram, enquanto outras têm os dias contados. Algumas delas foram decisão minha, outras não. Quase caí no erro de ficar imaginando como seria a minha vida se tivesse feito diferente. Eu seria mais feliz? Talvez o meu EU de uma realidade alternativa possa responder (e gostaria muito de conhecê-la). Por agora me contento em saber que não estaria escrevendo aqui hoje e que não conheceria algumas pessoas e muitas coisas que adoro. O que para mim já é motivo suficiente para estar AQUI, nesta escolha. E voltando ao dilema entre discorrer sobre a tristeza ou a felicidade, por que fazer uma dicotomia afinal? Momentos como esse podem ser cheios de criatividade melancólica. E apesar de que ninguém entenda mesmo, foi bom terminar uma noite de insônia sentada no parapeito da minha varanda, sentindo o vento frio do nascer do sol e ouvindo "Dive to Blue" com um sorriso pensativo. [quinta-feira, setembro 09, 2004]
Meu XP fez bum (Eu odeio o WINDOWS!!!)
[quinta-feira, setembro 02, 2004]
Olá pessoas! Apesar de muito já ter passado da meia noite, quero deixar aqui os parabéns para meu amigo Daniel (sob qualquer alcunha), que aniversariou agora no dia primeiro. Felicidades! E já que estou aqui falando dos outros, vou abrir minha sessão propaganda da semana: A Comme abriu o novo blog dela, muita gente já deve estar sabendo, mas não custa nada ressaltar um pouco: http://www.commme.blogger.com.br/index.html. Obrigada pela companhia fiel em praticamente metade dessas madrugadas insones. =) Minha irmã (sim, aquela mesma do "Caso Sebastian") está apresentando seu ambiente na Casa Cor Ceará. O ambiente criado por ela e seus companheiros arquitetos foi a Sala de Cinema, ou Home Theater, para os metidos a besta. O ambiente ficou belíssimo, principalmente pela presença da Audrey em vários detalhes. Quem tiver interesse por essas coisas prestigie, quem não tiver não custa nada dar uma olhadinha na revista da Casa Cor. Pelo jeito que tinha falado da minha irmã acho que parecia que ela tinha uns cinco anos de idade, não é? Que nada, ela é diversos (não direi quantos) anos mais velha que eu. Mas tanto ela, como os outros personagens dessa minha família são inspiração suficiente para crônicas pelos próximos vinte anos, pelo menos. Esperem só até eu falar algo sobre minha mãe! ( Nada a ver com Almodóvar.) Um fato muito interessante é que muita gente disse que a Torre do Yves parecia muito real, ou bem ambientada, digamos assim. Isso não é á toa. Existe um projeto arquitetônico real por trás daquele cenário. Fiz um esboço muito tosco do negócio e entreguei para a minha irmã que tornou o ambiente realista e digno de apreciação. Claro que discutimos muito acerca de alguns detalhes, principalmente alguns fatos curiosos para uma desenhista de espaços contemporâneos, como uma sala de 64 m de circunferência não se sustentar sem a presença de alguns pilares (não existe nenhum) e de eu afirmar que a presença de escadas em uma torre de 20 e muitos andares era completamente desnecessária. Mas a maior querela foi mesmo em relação à insistência dela em colocar uma tv de plasma no quarto do Yves. Sem comentários. (Para quem não captou a essência da piada, como ela mesma, basta dizer que esse é um ambiente MEDIEVAL. Tv de plasma, humpf...) Mudando totalmente de assunto, estou me sentindo incomumente calma esta noite. Uma sensação de paz há muito não vivida. Apesar disso, o sentimento de que algo ao meu redor não está muito bem me incomodou. De fato, não poder fazer nada sobre isso foi o que mais me deixou encasquetada. Talvez eu esteja ficando muito pensativa, ou muito sentimental. Recados: Lana: Preciso vencer essa minha resistência em tirar o fone do gancho e te ligar uma hora dessas para combinarmos alguma coisa.(Sou péssima em conversas por telefone, reconheço.) Mas preciso fazer isso ou nosso papo ficará eternamente atrasado. Sanza: Só para não dizer que nunca falo de você aqui. Beijinho. (Mas é que já falo com você o dia inteiro!) Estou com uma enorme preguiça de qualquer coisa...
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