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[sábado, agosto 28, 2004]
Sobre os efeitos da serotonina no cérebro
Oh, estou muito feliz hoje! Sério! Consegui escrever por seis horas seguidas sem nenhum cansaço ou bloqueio temporário e, no final de tudo, fiquei muito satisfeita com o resultado. Bem que todos os dias poderiam ser assim. Todas as letras caindo no papel (editor de texto é muito anti-poético, embora tenha sido lá que eu escrevi mesmo) com beleza e fluidez. Não há nada mais que eu queira da vida. Talvez um pouco mais de imaginação para preencher lacunas, mas isso é outra história, literalmente. Para dizer a verdade, queria mesmo era reproduzir este dia com facilidade. Não ter que me perguntar de novo sobre a maldita inspiração e simplesmente me divertir. Mesmo que esse post não esteja muito bom, vejam só, eu evoluí: não estou de mal humor e não estou reclamando de nada. Enfim, foi toda uma euforia de 10 às 16 e eu ainda estou com todo um mundo dentro da cabeça ou com a cabeça dentro do mundo. Hoje os esquilinhos (acho que eles convidaram parentes para o fim de semana) estão fazendo festa e vou deixar que eles se embriaguem à noite inteira, eles merecem! Estou com uma enorme dificuldade de cair na real e como eu adoro quando isso acontece. E se a felicidade não ajuda a criar relatos muito criativos sobre si mesmo, que se danem os relatos criativos, ora! Tem algum problema eu dizer que AMO obsessivamente todos os meus personagens. Tem não, afinal, esse blog é meeeeu! Yess, my preciousss! Nyahahaha! ( Surtei legal...)
por Evergreen * 12:16 AM
[terça-feira, agosto 24, 2004]
Quase não volto!
Foi uma semana difícil, daquelas que você sente que, por alguma razão, se perpetua pela seguinte. Não deixa de ser tal e qual o que está acontecendo. Vamos aos fatos.
1) Creio que não fui bem na prova. Apesar disso, estou tranqüila por saber que a minha nota e o volume de textos que estudei não tem qualquer correlação, ou seja, ia me dar mal de qualquer forma. Ficarei muito feliz com um sete, o que me livra de fazer outras chamadas até o infinito até conseguir uma nota decente. Por via das dúvidas, de agora em diante, farei análise funcional até do comportamento de cachorro em poste. Meu "não" interior ao ver que a terceira questão era em essência interpretação de texto foi tão agudo que deve ter sido escutado fora de mim. 2) Estou cogitando a idéia de fazer uma tatuagem nova, muito motivada pela existência de um estúdio entre a minha casa e a academia. Por via das dúvidas, vou evitar este quarteirão, por enquanto. 3) Meu computador está apresentando condutas mais anormais que o de costume. Tenho quase certeza que algum vírus inconveniente resolveu se instalar nele. Infelizmente, o vírus parece mais esperto que eu. 4) Estou tomando algumas medidas a fim de ressuscitar alguns irmãos do Tico e Teco. Dormir o suficiente, me alimentar corretamente, me concentrar em uma tarefa de cada vez, etc. Esse discurso organizado faz parte, embora tenha sérias implicações para o caráter divertido do que estou escrevendo. Decidi fazer algo em prol da minha reputação técnica depois de não me controlar em fazer piada em plena prova. Acho que o professor não vai achar graça e provavelmente eu também não, assim que a minha nota sair. 5) Consegui voltar a escrever. Algumas páginas ontem à tarde. O estado de estranhamento que estou tendo em relação a mim mesma não permite, no entanto, que eu avalie a qualidade do que eu mesma escrevi. Estou mais para olhar aquilo e me perguntar se fui eu mesma a autora. Se isso é uma nova fase ainda tenho que me acostumar a ela. Cansei de culpar uma coisa que não existe, a inspiração no caso, pela minha ojeriza ao Word. Se a questão é fazer ou não fazer, optei por fazer. 6) Perdi mesmo a paciência com a minha academia. A falta de estímulos agradáveis é desanimadora. Se a beleza (interior e exterior) das pessoas que freqüentam é critério para se fazer uma análise da qualidade do lugar, afirmo que ele não merece uma estrelinha sequer. Patricinhas adocicadas de um lado (repugnante!), manés descerebrados e nem um pouquinho malhados do outro (Instrutor, beber água engorda? Então, por que quando eu bebo água fico mais pesado?) Cara, ninguém merece! Alguém devia avisar a ele que independente de estar dentro ou fora desse antro de estupidez, a água continua tendo peso. E pensar que esse povo está lá mais para mostrar o celular novo e o carro importado...por que as banhas não mentem! Enfim, um tédio. Nem um lugarzinho para descansar meu Mp3 player e fugir do ambiente eu tenho. E se teve alguma coisa que me fez rir hoje foi ver a televisão ligada nas Olimpíadas e lembrar de uma história que um amigo meu inventou. Minha cabeça está chiando mais que televisão fora de sintonia...
por Evergreen * 3:51 PM
[terça-feira, agosto 17, 2004]
Decidi que, a partir de hoje, vou parar de reclamar da vida.
Haha! Vocês caíram nessa? Não acredito! Foi só para chamar atenção mesmo... Achei que ficaria bonito na primeira linha do post. Ai Deuses! Estou cansada, sonolenta, completely broken, mas estou em êxtase (dando paulada na própria cabeça), quase alucinando (Desce daí, Milky-Chan, senão você cai!) e não consigo parar! Tenho mesmo que escrever alguma coisa! Nem que seja para avisar que surtei! Aconteceu tanta coisa que acho que dessa vez terei que diminuir o tamanho dessa fonte. Para começar estou muito boazinha, do tipo amando todo mundo e tal, o que por si só já é motivo para uma saudável preocupação (mais paulada). Pena que essa semana terei que estudar nonstop o que certamente me levará de volta ao mal-humor e à disciplina. Sim senhor, senhor! As razões de minha euforia são muitas. Ontem, aliás anteontem, fui a um churrasco muito cool - espaço para propaganda descarada de todos os meus amiguinhos presentes, os únicos que me agüentam cantando Dancing Queen em plena década de 00 e uns quebrados e ainda elogiam - desculpem os estrangeirismos estúpidos, mas é que até nisso não consigo ficar de um lado só, se sair em English vai ficar em English mesmo. Imagina o problema quando eu realmente começar a aprender japonês...e começa nessa semana. Costumo evitar termos estranhos aqui, para não ser obrigada a criar uma nota de rodapé com explicação para conceitos que a maioria desconhece. (Rpg, yaoi, anime, etc...) Descobri que o segredo para fazer um blog que todo mundo acha que não entende direito é ser eclético demais e falar de tudo que gosta ao mesmo tempo. Já deu para notar que estou saltando de um assunto para o outro com mais ganância que bipolar em fase maníaca? Também estou com dislexia, pois estou digitando errado como nunca. Tenho que apagar duas palavras e meia em tr~es, poa, digo, opa! Juro por Deus que não tomei LSD! Quem sabe foi sol demais que peguei ontem, aliás anteontem, Mas estou feliz, digo, de novo, radiante (e com insolação) com a adesão ao meu blog! Outra razão de eu estar ficando assim tão cute, kawaii, sei lá, foi quase uma semana inteira jogando as madrugadas com um personagem que é o cúmulo da bondade. E senti (quase) na pele a dor do coitadinho! Ser bonzinho é foooda! Mas quem sabe assim não elevo a minha sabedoria...(Aquela do almoço foi sim, cruel, maligna e perversa, Comme! Você me imagina pedindo conselho para o meu próprio namorado no dia seguinte?) O pior é que como diz um povo por aí, aderiu a persona e foi com Super Bonder. Se alguém quiser me usar sacanamente nesta minha fase santificada o momento é agora. Mas aviso, essa é uma promoção por tempo limitado! Acabei não falando muito do que aconteceu realmente, mas que coisa, preciso de um desconto. (Promoção, desconto, credo, acho que esse negócio de ter ficado fazendo alarde do meu blog aos quatro ventos - apesar de se navegar na net, realmente não sei se ela tem quatro ventos - me contaminou um pouco.) Estou realmente meio mal fisicamente. Depois de encontrar a comunidade mais cômica do Orkut "Eu canto errado em japonês" (ou será "Eu canto em japonês errado?"), concluí que lá já existe de tudo, menos uma comunidade que resuma meu estado energético: "Eu tenho a pilha fraca." Por sinal, vou retornar ao esquema das 14 horas de sono...zzzz... Não, eu preciso estudar! Que droga!!!! Depois de terminar de escrever me perguntei seriamente se seria bom para a minha imagem, seja lá qual ela for, publicar esse troço sem pé nem cabeça. Preciso urgentemente de um leite condensado...e olha que eu não bebi nada no churrasco. Hoje também não fui à academia. Sempre é bom faltar em dia de pagamento. Recados: Timbal: Conto e fic são a mesma coisa, no caso. O personagem que criei não é o cara da figura do post anterior, só usei essa figura por que achei que parecia com ele visualmente. Quanto aos desenhos japoneses...bem, lembra a época que eu, você e o Fred gastávamos todo o recreio discutindo Cavaleiros do Zodíaco? Digamos que eu permaneci com o vício depois daquilo e o estendi a todo desenho japonês que encontrei pela frente. Claro que hoje tenho as minhas preferências, não é toda porqueira de Digimón e Bayblade que fico assistindo...Tem que ter qualidade. Lana: Já que estamos falando de desenho, penso que um curso de desenho não seria má idéia, embora eu já tenha uma boa noção de desenho no estilo mangá. O problema é que tenho aula no sábado, inclusive, acabo de me lembrar, pela terceira vez seguida, da maldita prova que terei esse final de semana mesmo. ¬¬ Ps (como sempre): Acabo de atualizar os endereços ao lado para incluir alguns locais de destaque. Isso deve agradar quem gosta de passear pelos blogs e flogs da vida.
por Evergreen * 12:20 AM
[quinta-feira, agosto 12, 2004]
The logical song Sou tão ansiosa que quando não tem nada para fazer, em vez de relaxar eu fico louca. E considerando que estou sempre sob uma enorme quantidade de estímulos, acabo fazendo tudo e nada ao mesmo tempo. Hoje eu já li uns dez livros (uma página de cada), a mesma quantidade de mangás (saltando para o fim da revista), visitei acho que duas dúzias de blogs só para ficar olhando e devo ter me inscrito numa enorme quantidade de comunidades do Orkut nas quais provavelmente nunca mais voltarei. Agora não entra mais nem no Orkut por que estou com o Kazaa e o Emule ligados simultaneamente, roubando toda a minha banda por um monte de músicas que não ouvirei e jogos que não jogarei. Fiquei olhando a minha fic e deu um medo enorme de continuar escrevendo. (Fazendo um cálculo base, se eu escrevesse uma página por dia, terminaria em torno de quatro meses.) Talvez seja a falta de paciência para me concentrar. Talvez seja por que eu sei que quando começo mesmo uma coisa vou até o fim nem que custe até o Tico e Teco. Enfim, organizei uma playlist de mais de 1000 músicas e fiquei saltando aleatoriamente. Quem sabe assim pelo menos eu aumento meu repertório musical...
Mas do outro lado tem uma história me chamando no Word e um monte de textos científicos que eu deveria estar estudando. Tomara que os meninos acreditem que se eu não consegui preparar a aventura de Yami não foi por preguiça, mas por não conseguir mesmo. Antes de vocês saírem da casa dos 20 eu resolvo isso. O preocupante de estar recém-formada é achar que nunca mais vou ter tempo para nada, o que não deveria me assustar muito, já que eu nunca tive tempo para nada mesmo. Como disse a minha mãe um dia desses, só o que eu fiz na vida foi ficar com a cara enfiada no livro treinando pra ser nerd, para ser hoje uma ilustre desempregada que vai gastar os próximos anos estudando (de novo) para concursos e especialização. Acho que dessa vez os esquilinhos não sobrevivem. O problema é que de uns anos para cá a diversão me deixou muito mal acostumada e não consigo abdicar de certos prazeres em nome de uma recompensa maior. Todo mundo tem direito de ser folgado uma vez na vida. Se deixarem, e é claro, se eu mesma deixar também. Ps: Procurando um exercício de relaxamento que realmente valesse a pena, fiquei olhando as figuras do meu computador. Encontrei esse papel de parede que já tinha há muito tempo. Não lembro quem é a desenhista da figura (nem sei que personagem é esse de verdade), mas quem quer que seja tem link direto com a minha cabeça, por que desenhou o próprio Yves, sem deixar escapar um detalhe. Fiquei impressionadíssima com a semelhança e até hoje quando quero me forçar a não fazer nada, coloco essa figura como papel de parede, o que me dá direito a ficar catatônica por uma boa meia hora, e sem direito a teste de resistência.
por Evergreen * 9:04 PM
[terça-feira, agosto 10, 2004]
Sem assunto Puxa, está dando um trabalho enorme encontrar tempo para escrever aqui...Sumi por uns dias, mas parece que foi uma eternidade. Se meu cérebro fosse um HD, diria que ele arriou de vez. Não consigo lembrar de nada que aconteceu antes de...antes do quê mesmo? Vai ver que é a falta de glicose no cérebro. Se antes eu só tinha dois neurônios, um para dizer que eu estava com fome e outro para levantar o garfo, acho que os dois morreram. Estou sem paciência e o segundo comprimido de Dorflex ainda não passou a minha dor de cabeça. Em compensação estou totalmente lombrada, o que me ajuda a escrever sem me importar se as frases tem conexão alguma uma com a outra. Nem vou paragrafar por que isso é muito sofisticado para o meu estado no momento.Se inspiração é algo que se perde, acho que vou procurar debaixo da minha cama. Vai ver que ela caiu enquanto eu dormia. E estou dormindo demais, 14 horas por dia para ser mais precisa. A essa altura a empregada já deve ter varrido o chão e jogado a minha inspiração no lixo. Ela nunca pergunta antes de jogar as coisas fora. Passei os últimos dias comendo desesperadamente e incrivelmente emagreci. Será que a vida está tentando me dizer que lasanha, biscoito recheado, ovomaltine, leite condensado, sanduíche, salgadinhos, bolo, doces e tudo mais que eu ingeri nestes dias não engorda e Diet Shake sim?! Ou será que estou num episódio de Twilight Zone? Passei naquela desgraça de prova de português. Posso me gabar agora por que eu tirei uma nota muito boa (ahem...).O problema é que estudar japonês é um negócio que ninguém entende. Um amigo meu disse que agora vou ser útil para interpretar kanjis em lixeiras e tatuagens. Nobre tarefa...Voltando à dor de cabeça. Bem, isso foi resultado de uma tarde inteira com o meu pai, que por sinal tirou o dia para me provar que o inferno é mesmo aqui na terra. Bastante típico dele, encher o saco de alguém que já está de mau humor só para piorar o próprio mau humor dele e criar um sistema de retro-alimentação infinita que acaba com os dois engolindo tudo quanto é remédio para enxaqueca da casa. Juro que hoje não vou pegar no sono tão cedo. Preciso de um pouco de contato com um ser humano normal, não é Computador? Ele não respondeu, mas quem cala consente. Estou tentando escrever um conto que vai ficar gigante e ainda não saí da página 15. E como a minha inspiração foi para o espaço (Taí, quem sabe ela não foi abduzida...) fica difícil. Timbal, essa música que tu falou (adoro falar igual a ti, tá?) eu lembro muito bem, e se eu não estivesse ficando muito burra ultimamente até conseguiria lembrar que ela foi de uma novela e que eu gostava muito dela mesmo. Mas o Kazaa me ajuda a resolver rapidinho essa falha (que falha nada, é praticamente um Grande Cânion) de memória. Quero dizer, na verdade já estou dizendo mesmo, que adorei todos os comments do post anterior. E vou parando por aqui por que meu computador já começou a responder quando eu falo, o que não me parece um sinal muito bom...Essa piada não fui eu quem inventou, mas como ele não registrou em cartório agora é tarde, né, Sanza?
por Evergreen * 11:58 PM
[sábado, agosto 07, 2004]
Enfim, um post "normal"... Finalmente saí da minha fase romântica anuviada. Não que eu não estivesse gostando. Foi muito inspirador e certamente deveria ter escrito mais nesta época. Mas já começava a sentir falta de mim mesma, do meu mau humor intenso e do senso crítico ferrenho que nunca me abandona.
Ontem fui ao meu baile de formatura. Como convidada evidentemente. Fiquei feliz entre outras coisas por não ter gastado 500 reais numa coisa que certamente me deixaria frustrada, para não dizer um pouco enfurecida. O motivo não vou dizer aqui e se alguém envolvido ou não no caso desejar por acaso saber qual é a razão do meu comentário, aí sim eu vou soltar o verbo, no pior sentido da expressão. Mas é claro que tive a minha diversão: um excelente custo-benecífio para quem pagou entrada avulsa. Tirar dezenas de fotos, comer comida boa e claro me divertir um pouco às custas de pessoas que bem merecem. Vingança? Sim! E muito, muito, divertida... Ver o olhar perdido e desolado de quem já me encheu muito a paciência no passado é tão rejuvenescedor quanto os cremes da Lancôme. Acho que a única diferença entre pessoas consideradas cruéis e as boazinhas, é que as cruéis costumam dizer o que pensam. Freqüentemente coisas óbvias que ninguém tem coragem de comentar por receio ou excesso de educação. Felizmente eu não sofro dessa mazela. Ah, e outra coisa maravilhosa! Não poderia esquecer: homens de terno! Homens de terno para todos os lados! Comme, minha amiga, você precisava ter visto aquilo: é o paraíso! Deus existe!
O horrível é que no outro dia de manhã eu tinha prova para ingressar no centro de línguas da UECE. Acordei desnorteada, achando que tinha dormido só meia hora, com o cabelo duro de laquê e com vontade de matar a primeira pessoa que eu visse na minha frente. No caso a alma boa que é o meu namorado, que me agüentou o dia inteiro. Eu sou muito sensível a noites mal dormidas. E acordar cedo no sábado depois de menos de quatro horas de sono, para fazer prova de português é algo que ninguém merece, menos ainda eu. Assim, sem conseguir lembrar mais nem o que é um substantivo, me dirigi aos locais de prova, com a cara do diabo em dia ruim e sem ter tomado café (o diabo não, eu.).
Isso inaugura outra sessão de revolta matinal: Eu odeio interpretação de texto. Deveria haver um grupo no Orkut com essa temática. Tentando analisar por que eu sempre, sempre, me dou mal tentando entender o que os outros escrevem, lembrei algo que uma amiga me falou há longo tempo atrás - O seu problema é que você pensa demais! Quando for responder uma questão, marque uma resposta que você acha que um imbecil marcaria e certamente dará certo. - O problema é que imbecil não passa em prova de concurso, o que me fez descartar essa alternativa. Quem sabe fazer análise combinatória para decidir que letra marcar seja mais frutífero. Ou então lá vou eu com o meu pensamento relativista, tentando ser lógica só para ficar mais em dúvida. Exemplo: O texto acima deixa claro que... Pequena amostra do meu raciocínio ao responder a questão: (Ei, espera aí, o que você quer dizer com deixar claro? Se você, professor infame, quer dizer que o autor diz em sentido literal alguma coisa, eu marco A, mas e se você, peste que se acredita ser capaz de dizer o que outro autor quis dizer quando escreveu, ou é médium e recebeu o espírito de Stanislaw Ponte Preta, quer dizer que pelo contexto se infere que, subtendidamente, o cara citado acima quis dizer determinada coisa X,aí eu marco letra D. Ah, que droga, eu não sei mais de nada! Vou chutar! ) Viram só! É por isso que não funciona. Interpretação de texto é um negócio que devia ser abolido, em homenagem aos escritores. Mesmo por que já teve coisa que eu escrevi e o leitor viajou na maionese, dizendo que eu, muito inteligentemente tinha querido afirmar isso ou aquilo com uma frase solene, que de longe chega perto do que eu pensava na hora. E olha que eu sou bem clara! (Clara, aqui, na acepção de dizer literalmente o que eu quero dizer.)
Com exceção de todas essas coisas desagradáveis, até que gostei da prova e quase fiquei triste por que não pude levá-la para casa e ler os textos de novo. Mesmo por que a prova estava mesmo muito engraçada, do tipo: A figura de linguagem presente no parágrafo 1 é: a) hipérbato b) anastrofe c) catástrofe Catástrofe! O.o Nossa, eu sou do tempo que prova era uma coisa séria... Devia ter gente olhando para mim e perguntando quem era aquela maluca rindo no meio da sala de exames. Além disso, ao sair ganhei uma vaquinha de pelúcia do meu namorado. E eu realmente aprecio vaquinhas,principalmente por que elas fazem "mu" e dão leite. Não corri o risco de mostrar o presente à minha irmã, que certamente o roubaria e o levaria para a sua cama, no bom sentido. Da última vez que ganhei algo assim, um cachorrinho de pelúcia, ela voou em cima do bichinho e gritando - Sebastian! - levou-o de mim para sempre. Hoje, o "Sebastian" vive confortavelmente no aposento dessa. E antes que a minha irmã chegue chamando a minha vaca de "Isadora" ou algo do gênero, achei melhor batizá-la de algo mais singelo, Milky-Chan talvez.
Bem, esse é o fim desse post, que por sinal é totalmente insano e desproposital apesar de comprido. Ps: Laninha, vi algo que ia te deixar babando, uma cortina semitransparente com a Audrey em Bonequinha de Luxo impressa. Pena que ela custa uma nota e só é feita em um lugar do país, mas ficou realmente linda! Espero que a fonte fique legível dessa vez..
por Evergreen * 11:06 PM
[quarta-feira, agosto 04, 2004]
Desconectada
Minhas férias acabaram. Embora não tivessem sido realmente férias.
O que recomeçou não é o que era antes, mas é parecido.
Eu que estou diferente.
Mesmo que eu quisesse ser igual, não gostaria de todo.
Então diferente, voltei a fazer um monte de mesmas coisas.
Acordar de manhã, dormir à noite.
Não achar isso tão ruim.
Fazer as coisas que tenho de fazer.
Sentir que o corpo não dói mais depois de uma semana doente.
Ler num livro e não na tela do computador.
Estudar no silêncio, com tudo ao meu lado desligado.
Sem TV, sem som, sem computador.
Até adormecer com a cara enfiada num livro empoeirado e acordar com alergia.
E alegria de saber um pouco mais de alguma coisa.
Nada de anormal circulando na corrente sangüínea.
Sozinha e no silêncio.
O tempo passa mais lento. Algumas coisas voltam para o lugar.
Dá tempo de pensar e perceber que o que ainda está fora do lugar não são tantas coisas.
Mas são muito importantes.
Vivendo assim, consigo ter a medida exata de todas essas coisas.
E percebo que não quero ficar longe de tudo, mais do que é preciso estar.
por Evergreen * 12:05 AM
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