The logical song
Sou tão ansiosa que quando não tem nada para fazer, em vez de relaxar eu fico louca. E considerando que estou sempre sob uma enorme quantidade de estímulos, acabo fazendo tudo e nada ao mesmo tempo. Hoje eu já li uns dez livros (uma página de cada), a mesma quantidade de mangás (saltando para o fim da revista), visitei acho que duas dúzias de blogs só para ficar olhando e devo ter me inscrito numa enorme quantidade de comunidades do Orkut nas quais provavelmente nunca mais voltarei. Agora não entra mais nem no Orkut por que estou com o Kazaa e o Emule ligados simultaneamente, roubando toda a minha banda por um monte de músicas que não ouvirei e jogos que não jogarei. Fiquei olhando a minha fic e deu um medo enorme de continuar escrevendo. (Fazendo um cálculo base, se eu escrevesse uma página por dia, terminaria em torno de quatro meses.) Talvez seja a falta de paciência para me concentrar. Talvez seja por que eu sei que quando começo mesmo uma coisa vou até o fim nem que custe até o Tico e Teco. Enfim, organizei uma playlist de mais de 1000 músicas e fiquei saltando aleatoriamente. Quem sabe assim pelo menos eu aumento meu repertório musical...
Mas do outro lado tem uma história me chamando no Word e um monte de textos científicos que eu deveria estar estudando.
Tomara que os meninos acreditem que se eu não consegui preparar a aventura de Yami não foi por preguiça, mas por não conseguir mesmo. Antes de vocês saírem da casa dos 20 eu resolvo isso.
O preocupante de estar recém-formada é achar que nunca mais vou ter tempo para nada, o que não deveria me assustar muito, já que eu nunca tive tempo para nada mesmo. Como disse a minha mãe um dia desses, só o que eu fiz na vida foi ficar com a cara enfiada no livro treinando pra ser nerd, para ser hoje uma ilustre desempregada que vai gastar os próximos anos estudando (de novo) para concursos e especialização. Acho que dessa vez os esquilinhos não sobrevivem.
O problema é que de uns anos para cá a diversão me deixou muito mal acostumada e não consigo abdicar de certos prazeres em nome de uma recompensa maior. Todo mundo tem direito de ser folgado uma vez na vida. Se deixarem, e é claro, se eu mesma deixar também.
Ps: Procurando um exercício de relaxamento que realmente valesse a pena, fiquei olhando as figuras do meu computador. Encontrei esse papel de parede que já tinha há muito tempo. Não lembro quem é a desenhista da figura (nem sei que personagem é esse de verdade), mas quem quer que seja tem link direto com a minha cabeça, por que desenhou o próprio Yves, sem deixar escapar um detalhe. Fiquei impressionadíssima com a semelhança e até hoje quando quero me forçar a não fazer nada, coloco essa figura como papel de parede, o que me dá direito a ficar catatônica por uma boa meia hora, e sem direito a teste de resistência.