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[terça-feira, julho 26, 2005]
Insônia
Faz uma eternidade e um dia, como diz aquela expressão americana, que não escrevo nada aqui. Mas já que eu vou acordar ás 7 da manhã, e às 5 horas acabo de desistir de tentar dormir antes de acordar, como toda pessoa normal, ou a maioria ao menos, achei que não custava nada fazer alguma coisa assim bem inócua, tendo em vista que eu não vou falar nada de muito importante mesmo.
A verdade é que eu estou bem diferente, sim... De um jeito bom, para variar. Estou contente que meu inferno astral tenha findado e me pergunto todas as horas por quanto tempo um paraíso na terra é capaz de se conservar.
Estou pensando em apagar os posts anteriores. Canso só de ler minhas reclamações infindáveis. Se eu tiver tempo, algum dia, acho que mudarei o template daqui também. Ainda não pensei em nenhum desenho em especial, mas tenho certeza que saberei o que colocar se o vir. ( Em off: galo cantando devia ser proibido. Eu já sei que é de manhã!)
Embora possa parecer (é o sono, acreditem), não estou nem um pouco desanimada. Prazerosamente expectante seria a palavra e são várias as razões para isso.
Só invejo aqueles que dormem, por que dos sonhos é que vem as melhores idéias. Dizem que dormir emagrece também, mas isso é outra história...
por Evergreen * 5:01 AM
[quinta-feira, março 03, 2005]
Nada pessoal
Mil vezes droga. Eu cansei. Da minha perspectiva, a vida é complicada, não, incompreensível, e quanto mais aperto meus miolos para entendê-la, pior eu me sinto. Não sei se todos estão errados.Provavelmente eu que não me enquadro nessa porcaria de universo. Mas tenho que confessar que sinto certo nojo de quem se enquadra. Talvez exista uma verdade que eu desconheço, talvez eu seja paranóica apenas. Nada do que eu falo faz sentido. Não é mesmo pra fazer. Deve existir uma pessoa, se tanto, capaz de decifrar o conteúdo dessas linhas. Se eu me revolto o tempo todo e se já desisti de encontrar justificativas para poupar a vida dos adjetivos cretinos que ela merece, é só da minha conta. Minha cabeça não é o lar da sabedoria como alguns pensam. Muito menos eu sou uma pessoa boa. Mas quem é? Meus olhos pesam, não tenho vontade de olhar para cima e nem de explicar as razões do meu comportamento. Não estou a fim de responder a verdade quando me perguntarem como estou. Enfim, quem realmente se importa? Eu odeio quem tenta me consolar, ou dizer que as coisas vão mudar. Mentira! O bote salva-vidas não vai aparecer. A corda não vai chegar no fundo do poço. Por que não sustentar então um embuste pelo resto da vida? É mais fácil. Poupa-me o trabalho. Mas também não vou ser gentil. Esforçar-me pelos outros é algo fora de cogitação a partir de agora. Todos somos inimigos, na verdade, nos esmurrando por espaço em um mundo imbecil e desnecessário que nós mesmos criamos. Se existe qualquer coisa que aprendi nos últimos tempos é que a única qualidade verdadeira é saber mentir com convicção. Alguns mentem tão bem que convencem a si mesmos. Eu não tenho essa perícia. Assim, não me perguntem quem sou eu. É informação demais para quem ainda acredita em esperança. Não houve nada de diferente comigo. Nada que não tenha existido sempre. Todas as promessas se cumpriram. É só isso que as minhas palavras refletem.
por Evergreen * 3:06 AM
[segunda-feira, janeiro 17, 2005]
Um ano novo com muito espaço no disco rígido
Ou eu tenho azar demais ou péssimos costumes. (Talvez os dois). Já está pela segunda vez que tenho que formatar meu computador em condições críticas de emergência (Nossa, que tautologia.) É, eu rio pra não chorar. Por que dessa vez não deu pra recuperar muita coisa não. Pela primeira vez cheguei a reconhecer como o que eu escrevo me é estupidamente importante, nunca senti um luto tão grande pela perda de algumas páginas de texto. Pra mim, fragmentos irrecuperáveis de momentos de inspiração que jamais retornarão. Por que eu tenho a vida toda para reescrevê-los, mas o momento em que os escrevi nunca voltará, assim o texto jamais será o mesmo. Nessa hora, amaldiçoei a tecnologia e lembrei que pela minha preguiça e excesso de confiança, deixei de imprimir dados preciosos, colocando-os num papel, que foi e sempre será o lugar certo para as palavras. E se fosse só isso, mas não, não foi. Foram-se também músicas, algumas delas com a minha própria voz. Não me perguntem quanto tempo demora pra atingir a nota certa, a equalização perfeita, é muito triste, mas ao menos, cantar ainda é mais fácil. A música é a mesma e a garganta é igual. Nada como o que se perde em palavras. Os jogos que me gastaram felizes horas de escrita no MSN, todos perdidos. E rezo, se eu costumasse rezar talvez, para que alguém ainda os tenha. Só com a Comme foram, não lembro bem, 82 noites de aventura em uma mesma história; e eu sou péssima, terrível para lidar com perdas, em especial a perda de lembranças felizes. Eu não sabia se ainda ia voltar a escrever aqui, nem mesmo cheguei a desejar feliz ano novo. Mas como meu desânimo é completo, e aviso logo, inconsolável, me resta apenas a alternativa de escrever um post, só pra ter a certeza, de que ainda consigo fazer isso.
por Evergreen * 3:45 AM
[domingo, dezembro 19, 2004]
Eu que fiz! Eu que fiz! Eu que fiz!
Photoshop + FrontPage + Tempo livre depois de dias estudando = brinquedo novo = Template que EU mesma fiz!
Está certo que não tenho muita coisa para falar, mas depois de passar três dias inteiros trancada no quarto estudando, você teria? Agora que tive tempo para sequer pensar um pouco na época natalina em que estamos...e isso daria um post enorme se eu tivesse a paciência de discorrer sobre o significado do Natal nesse momento. Por enquanto, me contento em presentear a mim mesma com uma completa modificação aqui. Aliás, não ficou kawaii? *.*
Ps: Não desejo Feliz Natal e etc a todo mundo...por que talvez ainda escreva este ano. Talvez... Ps2: Se eu não voltar a escrever este ano, tomem a liberdade de considerar isso um "Feliz Natal e Etc..."
por Evergreen * 1:06 AM
[domingo, dezembro 05, 2004]
Qualquer título que preferir.
Acabei parando de atualizar aqui por que percebi que não tinha vontade de escrever sobre coisas tristes, ser sarcástica com o que quer que fosse, nem reclamar da vida. Por outro lado, de nada adiantava cuspir ataques maníacos de felicidade temporária. Então pensei: O que afinal me sobra para escrever além disso? Fazer um relato do meu cotidiano? Não, ninguém merece isso, nem eu mesmo mereço ter que relembrar fatos para escrevê-los aqui. De qualquer forma, estava cansada de procurar maneiras interessantes de dizer coisas que não são. E cansada de me repetir infinitamente, nas piadas, nas ironias, nas reclamações bobas que todo mundo já conhece decorado. Dizer o mesmo tempo a mesma coisa acaba fazendo com que as pessoas não levem mais a sério o que você diz. Afinal, que raios de pessoa é essa que parece estar sempre achando algo errado na própria vida quando de fato as coisas não são mesmo tão ruins? Eu nem de mim gosto muito de falar. Sempre me reforçaram a ficar caladinha e com o tempo acabei descobrindo que era muito mais simples viver assim. Não tenho as primeiras linhas na apresentação do orkut e não sei criar definições de mim mesma nem quando sou exigida a fazer isso. Sou um indivíduo completamente trivial, que sabe fazer um pouco de cada coisa e nenhuma coisa direito e, ao mesmo tempo, estranha o suficiente para não se adequar a qualquer grupo que já tenha existido. Outro ponto a ser considerado é: se continuo a escrever ou se paro, quem vai realmente se importar?
por Evergreen * 11:58 PM
[domingo, novembro 21, 2004]
I'm so tired I can't sleep. Standing on the edge of something much to deep.
Terrivelmente cansada, com a cabeça vazia e com vontade de ficar só. Resumo definitivo do meu estado atual. Estou há um bom tempo com meu combustível na reserva, trabalhando em modo econômico e sem muito rendimento. E quando eu digo que não tenho muito tempo, as pessoas não acreditam, mas a verdade é que estou atolada em responsabilidades sempre pendentes e só continuo com muitas coisas por amor e teimosia. Como disse a Comme há uns dias atrás, a Internet realmente faz mal...Mas a vida faz um mal igualmente grande, a diferença é que traz menos retorno imediato, ou não traz mesmo. Quem sabe eu seja folgada demais, impaciente, intolerante, egoísta e... completem a lista como quiserem. Isso mantém chatos à distância, o que já é uma vantagem. Só sei que agora eu desejaria um boa noite de sono e não pensar em nada. Perdoem-me se eu sumir. I'ts funny how we feel so much though can not say a
word...
por Evergreen * 7:11 PM
[segunda-feira, novembro 15, 2004]
Tormento
Enquanto escrevo isso, meu apartamento age como se estivesse em meio a um terremoto japonês. O lustre está tremulando e a cama quase anda sozinha. Espero que aquilo não seja uma rachadura...
Tendo ido deitar às quatro da manhã, esperançosa de um feriado decente em que eu pudesse colocar meu sono em dia, acordei cedo, para a pior das manhãs (e tardes por que ainda não terminou) que se pode ter. Não satisfeitos em jogar boliche de madrugada, arrastar os móveis do quarto durante as madrugadas, dar festas estúpidas durante a madrugada e durante o dia continuarem com seus barulhos no mínimo originais, resolveram os meus vizinhos, em pleno feriado prolongado, que era hora de destruir o piso de casa com uma britadeira. Todo mundo tem vizinhos ruins, eu sei, já tive outros, mas estes conseguem reunir em si todas as características deploráveis que 3 (sim, eu acho que são três) seres humanos (?) conseguiriam ter em uma só conjunção astral. Falta de educação, hábitos absurdos, peso excessivo aliado à necessidade incompreensível de usar saltos de plataforma durante a madrugada (já entenderam que eles gostam de madrugadas...), péssima dinâmica familiar, tocando em miúdos, quando eles resolvem ter uma briguinha, significa que todo o prédio será testemunha de uma cena tão memorável, não que eu absolutamente deseje lembrar, que merecia figurar no horário nobre da Globo...continuando a lista, gosto por reuniões sociais que incluem amigos do mesmo porte ( é lá vem garrafa de cerveja voando a sua janela), tendência a esquecer que os recursos naturais, em especial a água, devem ser usados com sabedoria ( já está pela décima vez que temos que ligar avisando que eles deixaram o chuveiro ou as torneiras abertas. Não por bondade, mas por que meu prédio é ruim o suficiente para que a água troque de andar. Ele é uma espécie de Bob Esponja gigante, permeável a todo tipo de coisas inadequadas. Ao barulho principalmente.) e uma série de outros comportamentos bizarros que me fazem pensar se eles não são de algum culto estranho que se reúne nas madrugadas para fazer coisas que a minha imaginação não alcança. Em suma, três irmãos com adolescência tardia, pais condescendentes e, claro, dinheiro em excesso. E enquanto eu tento organizar minhas idéias com o sono que me abate e pensar o que é possível se fazer num dia de feriado com tantos decibéis por perto, analiso que pela superfície corporal de meus obesos vizinhos, não deve ser muito difícil acertá-los a distância.
Por que não me dá um snipper de natal, mamãe?
por Evergreen * 3:12 PM
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